Perseguição implacável
Era uma segunda-feira, não como outra qualquer, as ruas não
estavam tomadas por carros como de costume, até parecia que todas as pessoas
estavam de férias.
Ele conduzia seu carro sem preocupação, já que o estresse
também estava de férias, pelas ruas e avenidas vazias observando tudo com uma
sensação de que as coisas se movimentavam numa lentidão semelhante à de um
congestionamento: as árvores que balançavam, as flores que se agarravam e
resistiam ao calor intenso, o córrego fedido e não canalizado, os semáforos com
suas luzes que variavam morosamente de cor, as nuvens paradas que davam aos
prédios uma imobilidade ainda maior.